5 minutos pra mim.
A maternidade traz consigo muitas maravilhas e aprendizados, mas também nos apresenta sombras que nos desafiam num lugar visceral. A culpa, a preocupação, o julgamento, o isolamento e a anulação são experiências comuns ao 'ser mãe' e ainda mais intensas quando se trata de ser mãe de filhos com deficiência. Adriane Cruz responsável pelo surgimento da AMI (Associação Mães que Informam), é mãe de um filho com deficiência que precisou brigar muito para ter acesso aos direitos do filho e para compreender os seus próprios direitos. Adriane nos conta que durante algum tempo se anulou enquanto mulher, enquanto ser humano em prol do bem estar do filho. E que enquanto brigava por ele se esquecia cada vez mais dela e nem se dava conta disso. Até que ao entrar em contato com outras mães que vivenciavam a experiência de maternar filhos com deficiência há mais tempo que ela, pode perceber que as mulheres não mais existiam, mesmo depois dos filhos já em fase adulta.
Compreender a ausência de si mesma fez com que ela resgatasse a vontade de estar viva e buscasse um novo caminho o qual supriria ser mãe e ser mulher. Foi aí que Adriane, junto a Andreia, Neide e Cláudia iniciou a retomada da própria vida e em seguida criou o AMI para apoiar e ressuscitar outras mulheres.
A AMI - Associação mães que informam, vem fornecer acesso, informação e facilitar o caminho de mães de filhos com deficiência no que diz respeito a direitos e serviços. Mas além disso, promove encontros abertos toda última quarta do mês na casa dos direitos humanos. Esses encontros fazem parte do projeto '5 minutos pra mim' e visam proporcionar um momento para que essas mães se cuidem, se apoiem, troquem experiências e resgatem ali os prazeres da vida. Além dos encontros mensais, o projeto 5 minutos pra mim atua sob a demanda das mulheres promovendo acesso a cultura, a momentos de lazer e a oficinas. Elas contam com um grupo de WhatsApp que aproxima as mulheres e gera novas conexões.
Ao conhecer a realidade de vida de muitas mulheres a partir das trocas ao longo do tempo, a AMI compreendeu que as participantes apresentavam outras questões que precisavam ser olhadas como a dificuldade de obterem autonomia financeira, a falta de apoio familiar e situações abusivas. Assim, inauguram agora, o Família Empreendedora movimento que busca o desenvolvimento da autonomia financeira dessas mulheres afim de facilitar o posicionamento diante de situações abusivas e de limitação de acesso.
A AMI vibra a energia de Adriane, uma mulher alto astral, ligada e extremamente humana. É lindo o fazer da associação e se define bem ao ouvirmos as palavras de sua fundadora:
"Eu amo viver. Tenho tanto amor pela minha vida que quero dar vida a todas as mulheres!"
Facebook: @associacaomaesqueinformam
Contato: (31) 9 8906-4412
Belo Horizonte. Minas Gerais. Brasil. Fixo. Acessibilidade. Mães. Militante, educação e social.
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